Projeto com jogos de tabuleiro ajuda na integração de refugiados em Braga

Um projeto baseado em jogos de tabuleiros está a ajudar na integração de refugiados em Braga. Trata-se do “Integration Game”, desenvolvido por Pedro Fernandes, em colaboração com a Cidade Curiosa e outras instituições.

Em entrevista ao Diário do Minho, Pedro Fernandes explicou como surgiu este projeto de voluntariado e também como os jogos de tabuleiro estão ajudar não só as famílias de refugiados como pessoas com percursos de vida difíceis pertencentes a instituições bracarenses.

Como explicou Pedro Fernandes, o Integration Game é um projeto patrocinado pela ESAA – Erasmus Student Alumni Association, no âmbito de uma iniciativa de integração de refugiados na Europa.

“O projeto assenta no lema de que só se consegue a construção de um mundo melhor se apostarmos na melhoria dos indivíduos. Consiste em utilizar as vertentes pedagógica, histórica, temática e social dos jogos de tabuleiro com o objetivo de permitir aos migrantes provenientes de zonas em conflito integrarem-se mais facilmente na realidade portuguesa”, referiu.

Para o efeito, constituiu-se uma parceria com a Associação Cidade Curiosa, vencedora do Orçamento Participativo Portugal (OPP), com o projeto de criação de uma rede regional de ludotecas.

Segundo o Pedro Fernandes, o Integration Game divide-se em dois momentos principais: no primeiro, é dada formação na prática de vários jogos, para que os refugiados possam não apenas familiarizar-se com estes, mas também para que possam, a partir desse momento, jogá-los de maneira independente e sem ajudas. Num segundo momento, o projeto sai à rua e vai visitar algumas organizações de cariz social, com o objetivo de colocar em contacto os migrantes com camadas desfavorecidas da sociedade, através da prática de jogos de tabuleiro, ajudando não apenas à integração desses mesmos migrantes, «mas também àqueles a quem a vida negou muitas oportunidades».

É neste âmbito que surgiu a cooperação com o Instituto Monsenhor Airosa (IMA), bem como outras instituições de solidariedade social. A primeira ação aconteceu no dia 21 de outubro, em Palmeira, numa atividade organizada pela Habitat For Humanity e pelo CLIB e pela Associação Pais em Rede.

Segundo Pedro Fernandes, na atividade, que «correu muito bem» participaram algumas famílias de refugiados sírios, que deram assim início à sua aprendizagem de jogos de tabuleiro. Participaram ainda duas jovens provenientes do IMA, que se mostraram «encantadas» por fazerem parte do projeto. Pretende-se integra-los e depois integrar outras através deles.

REFUGIADOS ENSINAM OS DE CÁ A RELATIVIZAR DIFICULDADES.

“Quando vamos ao IMA, ao Centro Social de S. Lázaro, ou outras instiruições, trabalhar com jovens ou idosos, pretendemos quebrar preconceitos que existem. E são muitos. E depois, mostrar que há outras realidades. Muitas vezes vivemos tão fechados em nós mesmos que não conseguimos dar conta que há realidades muito piores do que a nossa. É preciso relativizar as coisas. Ou seja, este projeto tem ainda efeito pedagógico e social”, explicou Pedro Fernandes.

FONTE: DIÁRIO DO MINHO

 
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